A sequência da caverna no primeiro Batman, de Tim Burton, é muito reveladora. O protagonista fala dos morcegos que cobrem o tecto da caverna e diz que são «great survivors». É um belo momento de auto-reflexividade, porque a capacidade de sobrevivência do mito criado por Bob Kane é, na verdade, notável. Batman continua a resistir a todas as modas e conjunturas e os dois últimos filmes de Christopher Nolan vieram assegurar a sua longevidade. Não são nenhum deslumbramento, mas são as obras adultas e credíveis que a série, depois do fiasco de Joel Schumacher, precisava. Também o novo Joker, brilhantemente interpretado por Heath Ledger, é mais intenso, mais humano, mais assustador. É o vilão ideal para um filme como The Dark Knight. A actuação de Ledger é memorável e a tão falada nomeação póstuma para os óscares seria um prémio justíssimo, além das maravilhas que faria pelos níveis de audiências da cerimónia.
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3 comentários:
Flávio,
Este é outro flme que aguardo com impaciência. Pelo menos este tem críticas positivas, e eu gosto muito de Christopher Nolan. Adorei filmes como "Prestige" ou "Memento"...ou mesmo "Insomnia" e " Batman Begins". Depois de ler o teu post ainda mais impaciente fico.
Um Abraço
não sei se concordo com uma nomeação póstuma. por um lado, porque um prémio é para ser recebido pelo próprio, e ele já não está cá para recebê-lo. não é a mesma coisa que um nomeado que não aparece à cerimónia mas a quem lhe entregam a estatueta mais tarde.
depois, porque a representação dele é competente, mas se não tivesse morrido ninguém falaria nele para um óscar.
e depois, para quê criar o precedente dos óscares póstumos? para além dos óscares pela carreira, os óscares são para dar credibilidade aos actores em projectos futuros.
fazes questão em não responder aos comentários que te faço?
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