quarta-feira, 3 de março de 2010

Shutter Island

Imaginemos um tribunal do cinema. E imaginemos que o Martin Scorsese é inquirido pelo colectivo de juízes e tem de defender Shutter Island (2010). A tese do filme é absurda e inverosímil mas Scorsese saberia defendê-la com eficácia. O realizador começaria por citar o Mestre Alfred Hitchcock e diria que nenhuma obra de ficção é inteiramente verosímil. Além disso, diria que a grande virtude deste extraordinário filme está precisamente aí: em esticar a verosimilhança até ao limite do possível e conseguir, apesar de todas as incongruências, envolver e iludir o espectador. Um pouco como Joe Pesci fez com Ray Liotta naquela sequência sublime de Goodfellas, a melhor coisa que Scorsese filmou até hoje.

2 comentários:

Isabel disse...

Permite-me discordar quanto à tua opinião sobre a tese do filme. Pode não ser o melhor filme de Scorsese, mas para mim é certamente um dos que gostei mais de ver.
Bj, :-)

jacob neruda disse...

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