quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Psycho

Uma das sequências menos apreciadas de Psycho (1960), de Alfred Hitchcock, é a explicação do psiquiatra no final. Quase toda a gente concorda que a sequência é longa e fastidiosa e que o filme estaria melhor sem ela. Porém, nada poderia estar mais errado. A explicação é essencial para a compreensão da história e esclarece muitas coisas que tinham ficado pouco claras, sobretudo para quem vê o filme pela primeira vez. Mas há outra razão, mais importante ainda, para essa sequência. Ela surge estrategicamente colocada entre a captura de Norman Bates e o final na cela, o que permite que o espectador respire de alívio entre esses dois momentos assustadores. Isto demonstra todo o talento de manipulador de Hitchcock. O realizador, grande conhecedor dos princípios dramáticos, compreendeu rapidamente que a atenção do público não é constante e uniforme e que precisa de tempo para recuperar o fôlego.

2 comentários:

FLAMES (Mariana e Roberta) disse...

Psycho é dos nosso filmes favoritos. AMAMOS! E as sequelas também não são muito muito más!

Brown Rickenbacker disse...

Genial!

http://brownrickenbacker.blogspot.com